Em 18 dias, Pelotas registrou 345 milímetros de chuva. O número é três vezes o esperado para o mês de janeiro. Somente na sexta-feira, foram 115 milímetros contabilizados no pluviômetro da Barragem Santa Bárbara. Não há desabrigados, desalojados ou feridos, de acordo com a Defesa Civil.

O temporal - que se estendeu até a madrugada de sábado - inundou ruas, derrubou árvores e deixou milhares de pessoas sem energia elétrica em vários bairros. Alguns pontos da cidade ficaram inacessíveis e muitos moradores precisaram buscar refúgio na casa de amigos ou familiares. No Laranjal, um dos bairros mais atingidos, os banheiros químicos “passearam” pela avenida principal, tamanho o volume de água e a força do vento. A estrutura do Sesc também foi danificada. A avenida Espírito Santo, que liga o Balneário dos Prazeres à Colônia de Pescadores Z-3, ficou submersa. 

O Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (CPPMet/UFPel) apontou a passagem de um ciclone na Região Sul do Estado. Secretarias municipais, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros tiveram um fim de semana de muito trabalho. De acordo com o coordenador da Defesa Civil em Pelotas, Paulo Darci dos Santos, mais de 40 árvores caíram e duas casas foram destelhadas com os fortes ventos. Árvores tombaram sobre quatro casas - entre elas, um estabelecimento comercial. Paulo Darci reforça que o trabalho de remoção de árvores derrubadas seguirá durante a semana.

Interdição

No domingo, uma ponte foi interditada na rua Vinte, no Dunas. A medida foi tomada em função dos danos causados à estrutura depois do temporal. A interdição não afeta o trânsito na região, considerando que a ponte permite o acesso, quase que exclusivo, à Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Jornalista Deogar Soares.